quarta-feira, 9 de março de 2011

O Falso moralismo e o carnaval

Engraçado como em tempos de carnaval tudo vira piada e é engraçado. Ora, o homem que se veste de mulher e vice-versa é enaltecido como um herói, o cara que está apenas relaxando e gozando da boa festa e do divertimento que o carnaval proporciona. Engraçado que este mesmo homem poderia ser aquele que persegue e agride os homossexuais. O que se vê no carnaval é o falso moralismo e o conservadorismo caindo por terra, porque, ora, convenhamos, o que se diz o ano inteiro sobre homens que se travestem? Ora, vou usar os termos mais delicados: “é uma bichona”. Engraçado que o cara quer diz isso o ano inteiro, o cara que se recusa ver dois homens se beijando é o mesmo falso moralista que sai às ruas TRAVESTIDO!

Isso mesmo! Se você saiu neste carnaval vestido de mulher e é homem você se tornou por poucos dias um travesti! E deixe de ser falso moralista, não cola a frase “no carnaval pode tudo”, ora isso é apenas um moralismo demasiadamente falso! Sim, e provavelmente serei muito, mas muito repetitiva neste texto! É moralismo falso, falso e falso! Ora, por que no carnaval homens heteros, de posturas machistas até narcisistas se vestiriam de mulheres? Eu inventei uma resposta, pode não ser a real, mas vamos lá: simplesmente porque no carnaval podem tirar a tal mascara de moralismo e conservadorismo e se entregar a curiosidade de saber como é ser mulher!

Claro que eu jamais levantaria suspeitas sobre a sexualidade destas pessoas. Devo lembrar que nem todo homem que se traveste é homossexual. Posso citar o caso dos crossdressers, mas não irei discutir sobre isso aqui. O que tento expressar neste texto é que durante o carnaval os falsos moralistas mostram sua cara! Isso mesmo. Podem não vir a publico, podem ficar trancafiados em suas casas, mas lá estão eles, silenciosos e cúmplices de um falso moralismo que no carnaval é desmascarado! Sim, sim, porque para taxar a parada gay ou qualquer outro movimento gay de promiscuo e de festas de sexo ta todo mundo ai, feliz da vida, mas quando chega o carnaval, bem, daí a coisa muda.

Muda mesmo. Afinal, mulheres semi-nuas ou homens semi-nus não agridem de forma alguma a inocência de nossas crianças, mas um casal gay demonstrando afeto sim! Pessoas se “comendo” literalmente nas ruas não afetam nossas crianças, mas um casal trocando caricias sim! Com todo respeito a você, meu caro leitor, a estes falsos moralistas eu digo: vão a p... que os pariu! Ora, num país onde a promiscuidade é celebrada de ano em ano, onde milhares de pessoas morrem por acidentes, overdoses e tantas outras coisas querer vir falar que gay é uma aberração me parece insano! Carnaval é a celebração do sexo sem compromisso, da pegação e da irresponsabilidade e juntando tudo isso eu digo: é a celebração da promiscuidade!

Claro que sempre há quem queira só se divertir, sempre há a “salvação”, mas mesmo aquele que é apaixonado por carnaval há de convir: foi-se o tempo que o carnaval era diversão e veio o tempo que se tornou festa de promiscuidade e nudez. Os falsos moralistas que levantam suas bandeiras anti-gays o ano inteiro que engulam minhas palavras e tomem um pouco mais de solidez: quem celebra a promiscuidade não pode acusar que celebra o amor.

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