quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Orgulho e Preconceito II

No segundo semestre da 5ª série (e isso ja faz algum tempo) mudei para Jundiai ainda desconhecendo os sentimentos que tinha ou pelo menos achando que era normal, que todo mundo passava por aquilo. Amava morar em Jundiai, tinha muitos amigos, brincava até altas horas na rua. Era maravilhoso. Na escola tudo ia muito bem, só não gostava da idéia de "ficar" com meninos, pra mim era (e ainda é) a desvalorização da menina, afinal, se a menina "fica" com muitos é galinha, se é o menino, é o garanhão da turma. Sociedade machista. Mas enfim, não gostava e não ficava. Mas oportunidades não me faltaram, nem pretendentes. Até a 7ª série eu estava sossegada, nada de esquisito havia voltado a acontecer, não gostava de ninguem, mas pelo menos não gostava de meninas. O meu problema foi na 7ª série. Uma garota foi transferida pra nossa sala. Eu simplemente me confundi demais!Me senti atraida por ela automaticamente. Foi uma coisa natural. Natural?Não, não era.E eu sabia que não era. Comecei a me esconder atras da religião e a anular meus sentimentos. Lembro-me que em uma briga da escola eu fui separar, adivinhem porque? Sim, ela estava envolvida. Não tomei partido (naquela época já achava que quem parte pra agressão sempre esta errado) só separei. Mas andei pro lado contrario. Me tornei amiga da outra garota, que no fim do ano se transferiu pra outra escola. Na 8ª série a menina acabou andando com uma garota barra pesada da escola, uma que adorava me perseguir. Odiava ela. Mas em vez do que eu sentia diminuir, só aumentava. Acabava a olhando demais. Claro que, todos sabiam que era evangélica, ninguem se atrevia a fazer nenhum comentário maldoso. Chegou a um ponto  que ela tambem percebia, era engraçado porque levavamos na boa.Claro que pra mim era bem mais do que só uma encarada, mas ela achava engraçado. Quase no final do ano me mudei para Sorocaba. Mas dai é outra história.

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